segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Os grandes cortejos fúnebres de outrora
                  Sabia que…
                           Até ao século XIX, quantos mais eclesiásticos estavam presentes no funeral de um indivíduo, quanto maior fosse o número de confrarias com suas bandeiras ou opas, quantos mais pobres acompanhassem o funeral, carregando velas e tochas, maior era o estatuto socioeconómico do finado.
Um grande cortejo fúnebre só demonstrava a caridade e o poder económico do morto. Havia que impressionar mesmo na última viagem.
Em troca era dado aos pobres roupa, esmolas em dinheiro ou pão e os pobres recompensavam, rezando pela alma do que partiu.

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"Sagrada Família - Penafiel"
                 E como nos aproximamos de uma época do ano especial e repleta de solidariedade e generosidade, partilhamos hoje aqui convosco estes mesmos princípios, retratados pelo Senhor António Guimarães, na sua reportagem n.º551, designada de "Sagrada Família", no dia 31/12/1955.
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Ex-voto
              Palavra que vem do latim e que é a abreviação do ex-voto suscepto, ou seja, o voto (desejo) realizado.
Assim, trata-se do presente dado pelo devoto ao seu santo de devoção, como agradecimento por um desejo/pedido concedido, resultado de uma promessa.
Estas expressões votivas são geralmente pinturas ou desenho, figuras esculpidas em madeira, ou moldadas em cera.
As figuras esculpidas em madeira ou moldadas em cera representam, a maior parte das vezes, as partes do corpo que estavam doentes e foram curadas.
As pinturas, geralmente, representam o doente acamado ou de joelhos, rezando ao seu santo de devoção.
Estas ofertas eram depois colocadas nas igrejas ou capelas onde se venerava o dito santo.
A origem cristã do ex-voto data do século IV, a partir da absorção de práticas pagãs.
No século XVIII e XIX generaliza-se a oferta da tábua votiva.
Assim, na Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo de Penafiel temos três tábuas votivas, sendo duas dedicadas a São Vicente, moço, e uma a Nossa Senhora do Carmo.
 
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terça-feira, 4 de dezembro de 2018



Arquivo Municipal de Penafiel
Os antepassados de Egas Moniz
              Segundo o livro “Cópia do livro intitulado Tratado Genealógico das Famílias Ilustres do Reyno de Portugal. Tomo sexto de Manoel de Meyrelles de Sousa e Tomo sétimo do mesmo autor”, no fólio 157v., pertencente ao fundo documental da Quinta do Bovieiro.
A imagem pode conter: noite, céu, planta e ar livreD. Moninho Viegas, o Velho, Gasco veio de Gasconha a Portugal, na altura do reinado de D. Ramiro II de Leão, por volta da era de 980. Com ele vieram dois filhos, valorosos cavaleiros, que chegando por mar à Foz do Rio Douro lutaram contra os mouros. Nessa luta um dos filhos D. Garcia Moniz, o Gasco viria a falecer. O outro filho D. Egas Moniz, O Velho Gasco, conseguiu vencer muitos mouros e reconquistar várias terras de Ribadouro. Este casou com D. Toda Hermiquiz Albasar, filha de D. Hermígio Albasar e neta do Rei D. Ramiro II de Leão. 
Desse matrimónio nasceu D. Hermígio Viegas Gasco que teve um filho, de nome D. Moninho Hermiguiz que casou com D.ª Driana e teve o celebre:
D. Egas Moniz de Ribadouro, chamado de Bem-aventurado, aio de D. Afonso Henriques.
D. Egas Moniz casou duas vezes:
- a 1.º vez com D.ª Mayor Paes, filha de D. Paio da Silva 
e 
- a 2.ª vez com D. Teresa Afonso, filha do Conde D. Afonso das Astúrias que fundou o Mosteiro do Convento de Sarzedas.
Do primeiro casamento teve:
D. Lourenço Viegas Espadeiro e D.ª Leonor Viegas, mulher de D. Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador.
Do segundo casamente teve: 
D. Afonso Viegas, conhecido por Dom Moço Viegas
Soeiro Viegas
D.ª Urraca Viegas 
D.ª Dordia Viegas
D.ª Elvira Viegas
 

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Oração da Trovoada
            Se, ainda hoje, muitos de nós temos medo da trovoada, sabendo a explicação ciéntifica para este fenómeno da natureza e vivendo em cidades repletas de para-raios, onde o perigo é minímo, imaginem como ficariam os nosssos antepassados em pequenas aldeias quando este fenómeno se desenrolava. 
Assim, era inúmeras as rezas utilizadas para solicitar a intervenção divina.
Hoje damos a conhecer a oração da Trovoada que a D.ª Ana Rocha, de Boelhe, nos ensinou.

Conhece mais alguma oração?
                        https://www.facebook.com/363657013717634/videos/2035511853172778/?t=16
 


22 de novembro
                E porque hoje é o dia de Santa Cecília, padroeira da música sacra, dos músicos e dos poetas, partilhámos convosco o nome de alguns músicos que residiam em Penafiel, em 1831, divididos por ruas:
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Rua da Calçada
João Sollêr, 56 anos, casado, músico, natural de S. Martinho de Catalunha;
Rua acima da Matriz
José Maria de Carvalho, 38 anos, casado, músico;
Rua direita
José Joaquim Pinto de França, 31 anos, casado, pintor de profissão, nas observações temos indicação que era "música de voluntários".;
José Manuel Moreira Marques, 45 anos, viúvo, músico.
Vinha e Ruival
António Pereira de Matos, 62 anos, casado, músico.
Diz-se que Santa Cecília cantou a Deus enquanto morria martirizada e que mesmo após resistir aos três golpes no pescoço ainda se ouviam os seus cânticos.
Casa do Bovieiro
 Abragão
Vimos por este meio informar, que a partir de hoje, já se encontra disponível para consulta on-line, mais uma livro de genealogia da Casa do Bovieiro, em Abragão: "Defeitos das Árvores de Custados do Teatro Genealógico de Dom Tivisco, ou Manuel de Carvalho e Ataíde", no nosso programa GEAD OPAC Penafiel, no seguinte link:   http://geadopac.cm-penafiel.pt/geadopac/
                                                                    Boas pesquisas…

 
Continuando com as profissões antigas…
O Arrieiro
             Arrieiro era, assim, o condutor de bestas de aluguer ou o alquilador, ou seja, negociante de animais de carga.
Também se podia designar de almocreve, ou seja, quem conduzia bestas de carga.
Em Penafiel, na rua da Cruz, do lado esquerdo, vivia o arrieiro Custódio Guta, em 1831, tinha 41 anos e era casado
.
 
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José Monteiro Guedes de Vasconcelos Mourão
A imagem pode conter: árvore, casa, planta, céu, relva e ar livre               Filho de José Monteiro de Vasconcelos Mourão e de D.ª Clara Joana Guedes de Carvalho.
Nasceu em 3 de fevereiro de 1757, tendo sido batizado a 16 de fevereiro desse ano. O batizado foi realizado por Gonçalo Luís Teixeira, abade de Vila Caiz. Os seus padrinhos foram José Guedes de Carvalho, de Vila Caiz, e de D.ª Maria Teresa Pires Mourão, religiosa no Convento de Arouca, sua tia pelo lado paterno, por procuração que a freira fez em Maria de Sousa Vasconcelos, que vivia na Quinta do Vimieiro (hoje conhecida por Quinta do Bovieiro). As testemunhas do batismo foram Manuel de Brito Ribeiro e seu filho Carlos Manuel de Brito.
A 22 de julho de 1784 matriculou-se em Coimbra, na Faculdade de Matemática, como aluno ordinário. Foi Alcaide Mor de Celorico de Basto, Donatário de Porto Carreiro, Fidalgo da Casa Real, Comendador da Ordem de Cristo, Cavaleiro da Ordem de Avis e Torre e Espada, Senhor da Casa do Vimieiro, em Abragão e Senhor da Casa de Verdeiros, em São Paio da Portela. Foi, ainda, Coronel de Cavalaria e Inspetor dos Corpos de Voluntários Realistas, das províncias do Norte.
Por ordem da Junta do Supremo Governo de 20 de junho de 1808, instituída na cidade do Porto, tomou à sua conta o Governo Militar de toda a comarca de Penafiel, Sobretâmega e Amarante, em nome de Sua Alteza Real.
Casou com Antónia Quintina Correia e foram pais de Rodrigo Monteiro Correia de Vasconcelos Guedes Mourão, bacharel em leis, Alcaide Mor de Basto, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e Juiz de Fora de Vila Real. José Monteiro e Antónia Quintina fizeram escritura de dote em 9 de dezembro de 1792.
D.ª Antónia Quintina Correia era filha legitimada por El Rei, do Dr. António Correia Nunes, Cavaleiro da Ordem da Cristo e morador na sua Quinta do Verdeiro, em São Paio da Portela.